segunda-feira, 5 de outubro de 2015

E o mundo continua girando...

    Quem é um pouco mais velho deve lembrar que em 1999, ocorreu um eclipse solar que foi visível apenas no hemisfério norte. No entanto, o mundo inteiro ficou na expectativa pelo fenômeno, porque Nostradamus, segundo algumas interpretações de suas centúrias, havia previsto que aquele eclipse seria o começo do fim do mundo. De lá pra cá, o fim do mundo já mudou de data várias vezes. Creio que é o evento mais esperado pela humanidade (milênios, já), no entanto, o bichim vive sendo adiado... O que deixa frustado um sem número de profetas, videntes, dervixes, gurus, loucos, políticos, artistas, demônios, fantasmas, et's e mais um monte de gente que queria que há muito tempo esta velha terra estivesse a queimar. 
    O problema é que o mundo velho é teimoso e teima em permanecer de pé. Terremotos, tsunamis, vulcões, e outros fenômenos da natureza de um lado, guerras, epidemias, ataques terroristas, bomas atômicas, poluição do lado dos humanos, tudo isso a cada dia deixa menos habitável o planetinha azul em que uma bactéria marciana aportou a zilhões de anos e resolveu fazer morada.
     E ainda temos racismo, homofobia, intolerância religiosa, direita X esquerda, hooligans, PM's, traficantes e mais uma série de patologias culturais que o ser humano teima em cultivar em pleno século XXI. 
     Dia desses, estava refletindo: o Oriente Médio em pedaços, a Rússia se opondo geopoliticamente aos EUA, crises arrebentando nos mais diversos países... Cara, parecer que estamos de volta aos anos 80 do século passado! O que aprendemos? Sinceramente parece que a humanidade só vive de recuperação... nunca fazemos o dever de casa... e enquanto isso, o mundo, cada vez mais, como canta o Lulu, segue a passos de formiga e sem vontade. 
    O mundo pode não acabar na próxima década, nem no próximo século ou milênio, talvez nem acabe... mas acho cada diz mais difícil é a nossa permanência neste mundo... A nossa bactéria, soube pegar carona num meteoro e veio para aqui... A gente pegaria carona em quê. pra onde? Ou a gente aprende a conviver, ou melhor a viver mesmo, a respeitar os limites, a tolerar, ou é bom a gente ir logo se acostumando com a perspectiva de que o último a sair deve apagar a luz...