segunda-feira, 8 de junho de 2020

Isolamento e depois?

Você imaginava que ficar em casa fosse uma medida tão dura? Praticamente todo mundo que eu conheço já não aguenta mais ficar em casa. Só permanecem por reconhecerem a gravidade da situação e, é claro, os que podem. Porque tenho amigos que precisam trabalhar, pois atua em serviços essenciais. Outros, autônomos, sem conseguir o auxílio emergencial se arriscam na esperança de trazer algo pra casa. 
No fim das contas, perdemos todos. Perdemos para a ganância, para o descuido com a vida, para quem apostou na insustentável permanência em lares insalubres e sabia que a massa, mesmo temerosa não poderia ficar confinada, sem emprego, sem renda e com fome, fazendo de tudo para que não houvesse socorro, solidariedade e nem mesmo um vestígio sequer de humanidade. 
Presenciamos o retorno das atividades bem antes do esperado, porque nem governos, nem empresários acreditam no valor dos explorados por ambos. 
Enquanto isso, em maquinações espúrias direitos são arrancados e o proto Estado de Bem Estar Social brasileiro é desmontado.
A resistência é ainda tímida, mas já se apresenta. O protagonismo dos bandos de direita arrefece, pois as ilusões plantadas foram desfeitas, pois suas políticas só pioram as condições de vida dos trabalhadores. 
Mas os setores conservadores ainda detém o controle das narrativas, por meio da mídia e das direções religiosas conservadoras. Ainda temos um longo caminho a percorrer. E derrubar Bolsonaro, Mourão e seus aliados é apenas uma das tarefas.A chama arde e há de queimar.