terça-feira, 15 de agosto de 2017

E se...

 Todos nós, em um ou outro momento da vida tivemos que fazer escolhas. Escolhas que determinaram todos os rumos de nossas vidas. A pessoa com quem casamos, o curso que optamos por fazer, a profissão que resolvemos seguir. Algumas vezes essas escolhas são bem espontâneas e temos toda a liberdade de seguir pelo caminho A ou B... já outras vezes somos bem limitados... no entanto ainda cabe a nós a decisão mesmo que seja apenas um sim ou não. Explicando: um garoto de classe média numa grande metrópole tem n cursos de graduação a sua disposição sem ter que sair de sua cidade... um jovem pobre do interior só teria, quando muito uma opção de curso, ou nem isso, se quiser permanecer em sua cidadezinha. Em outras palavras, existe condicionamento, sim, mas longe de ser determinista é possível escapar, mas tem que ter disposição. 
Mas quero discorrer mesmo é sobre algo bem mais filosófico. O que aconteceria se tivéssemos escolhido seguir as opções da qual, espontaneamente ou não, abrimos mão ?  Esse é o exercício! Pensar a nossa vida com o e se... 
Vejamos, e se eu tivesse permanecido na licenciatura em História e não tivesse cursado administração? E se não tivesse prestado concurso público ou se não tivesse passado? E se, recuando ainda mais eu não tivesse deixado o altar? Tantas perguntas, tantas possibilidades e cada uma delas se abrindo em outras e mais outras, cada vez maiores, cheias de ramificações e todas prenhes de mais e mais e se! 
Há tempos tenho pensado nisso. Pensado em escrever sobre isso também. Lembrando um pouco da mecânica quântica e de seus universos paralelos. Já pensou se cada e se perdido, cada escolha possibilidade por nós recusada tivesse sido aceita em um universo paralelo? Se existir por aí uma outra realidade, onde você não esteja arrependido por ter escolhido mal, ou um lugar onde você não tenha perdido o que tanto lamenta ter escapado por entre seus dedos? 
Ás vezes a ciência é tão bela quanto a poesia, ou até a supera... O modelo de universos paralelos é baseado em princípios da incerteza quântica, sugerindo que todos os desdobramentos possíveis de um evento acontecem, mas nós vivemos apenas uma dessas sequências. Ei, isso não é filosofia, é física! Mas te põe para pensar um bocado, hein? 
Quem seria mais feliz? Você ou seu outro eu em um universo paralelo, que conseguiu aquela promoção, onde realizou aquela viagem? Sonhar não custa, né? Mas se existindo ou não estes universos paralelos, que as especulações fiquem com quem atua na área. Neste universo, em que nossas vidas são moldadas pelas escolhas que fizemos, o que nos resta é nos adaptarmos as consequências e se for o caso minorar, diminuir os efeitos negativos advindos de escolhas que se mostraram equivocadas. 
Por isso, quando estava na graduação fiquei encantado com um conceito que estudei e que acredito ter, tal como o multiverso e suas ramificações para a física, um quê de filosófico na administração. Se você já estudou administração já deve ter se deparado com ele. Estás diante de uma escolha, deves seguir apenas uma das possibilidades disponíveis, o que você faz? Tenta estimar o Custo de Oportunidade! O que perdemos ao abandonarmos a opção A e escolhermos a B. O que deixamos de ganhar ao escolher a A em detrimento da B. Depois de ter realizado essa estimativa, pergunte-se: Vale a pena? 
Escolher envolve perda. É inerente ao processo. Você não pode adiar a decisão indefinidamente, a vida é como um rio, se represado ele acabará por encontrar meios de voltar ao curso. Você não pode saltar de um universo a outro para viver a vida que você poderia ter vivido  se tivesse tomado outra decisão. Mas se fizer escolhas conscientes do que você pode perderá e ganhará com cada opção, acredito que no fim das contas estarás muito satisfeito com os rumos que deu para sua vida. 
Se quiser saber um pouco mais sobre universos paralelos tem um vídeo muito legal, aqui

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