terça-feira, 1 de maio de 2018

Sobre o prédio do largo Paissandu: a especulação imobiliária destruindo vidas na maior cidade do país

Notícias do desabamento do edifício ocupado por sem tetos no Centro de São Paulo enchem as redes sociais. Suspeitas de incêndio criminoso. Mortos, feridos e desabrigados. O vai e vem de políticos buscando angariar simpatia e os holofotes da mídia, que como abutres buscam a imagem perfeita, mas não o âmago da história: a saber a brutal desigualdade que deixa milhares de famílias sem local para morar tendo que se virar debaixo de viadutos, em parques, praças, sob sol e chuva. Parece que dignidade é algo que só pode ser desfrutado por uns, enquanto outros devem silenciar enquanto lhe são retirados direitos e até mesmo a própria humanidade.
Independente de o incêndio ter sido ou não criminoso, existe sim um responsável, ou mais de um: a especulação imobiliária, pela qual, um prédio se deteriora e fica sem condições de habitação, simplesmente para que possam colher lucros com ele. A omissão do poder público, que permite que os especuladores deem as cartas e o sistema capitalista que deseja transformar tudo e a todos em mercadoria e fazer das relações humanas simples acessórios para as relações comerciais.
Reduzir tudo aos frios números dos lançamentos contábeis é uma forma de retirar nossa humanidade. Essa logica que nos escraviza, não deseja que vejamos, nos demais oprimidos, nossos irmãos.
Precisamos identificar quem são os nossos inimigos e estender as mãos aos demais explorados por essa sociedade para que lado a lado possamos não apenas combater, mas vencer a burguesia e seus aliados.
Choremos nossa dor pelos que tombaram, sempre! Recordemos deles e nos esforcemos para os soluços de tristeza possam se tornar os brados de revolta que marcarão a retomada das lutas dos trabalhadores e de todos os oprimidos!
Paz entre nós, guerra aos senhores!

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