Cearense de muito vagar, pude andar pelos mais diversos lugares. Do meu Ceará mesmo, andei por muito canto. Estive nas cidades mais secas dos sertões semiáridos. No Brasil enfrentei o calor do Centro-Oeste, mas confesso que nada me preparou para o calorão úmido de Pelotas. Brincando, no verão, tomava 40° e tantos graus com sensação de 50°... Gente, por favor! Falamos que Sobra ou Juazeiro do Norte é quente, mas sensação de 50°, nunca experimentei no Ceará.
E ficamos ainda mais chocados, porque lá no Nordeste a gente imagina essa terra aqui, como sendo de clima ameno, com temperaturas baixas no inverno. Mas a amplitude térmica é de deixar qualquer um maluco. E isso aí não é tudo. para além da sensação de calor ainda tinha aquela sensação de Game of Thrones: sempre que conversávamos com alguém sobre o calorão, já vinham dizendo; quando o inverno chegar, aí você vai ver... Semore isso! The winter is coming!
E mais uma coisa: a gente o Nordeste imagina que aqui é tudo muito ligado aos imigrantes, alemães, italianos, e tal, tal, tal. Mas você chega e entra em contato com uma cultura muito forte e totalmente invisibilizada para fora do estado que é a cultura negra do Rio Grande do Sul! São manifestações culturais poderosas e que tomam conta das cidades. Os cultos afro, aqui ganham as ruas, as oferendas, diferente do que vemos no Ceará, tomam conta dos espaços urbanos com suas cores e seu clima de fé. Para quem conviveu com parte da família sendo adepta de cultos afro-brasileiros, mas escondidos, devido ao preconceito no Ceará, aqui foi uma grata surpresa ver como essas religiões tem seus espaço e como seus adeptos se orgulham delas.
Essas são duas coisas marcantes que a gente nota e que surpreende quando chega aqui. Tantas diferenças, tantas semelhanças. E ainda estou aprendendo, Sempre.
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