sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Das coisas que cá eu vi e que nunca ia imaginar

 Cearense de muito vagar, pude andar pelos mais diversos lugares. Do meu Ceará mesmo, andei por muito canto. Estive nas cidades mais secas dos sertões semiáridos. No Brasil enfrentei o calor do Centro-Oeste, mas confesso que nada me preparou para o calorão úmido de Pelotas. Brincando, no verão, tomava 40° e tantos graus com sensação de 50°... Gente, por favor! Falamos que Sobra ou Juazeiro do Norte é quente, mas sensação de 50°, nunca experimentei no Ceará. 


E ficamos ainda mais chocados, porque lá no Nordeste a gente imagina essa terra aqui, como sendo de clima ameno, com temperaturas baixas no inverno. Mas a amplitude térmica é de deixar qualquer um maluco. E isso aí não é tudo. para além da sensação de calor ainda tinha aquela sensação de Game of Thrones: sempre que conversávamos com alguém sobre o calorão, já vinham dizendo; quando o inverno chegar, aí você vai ver... Semore isso! The winter is coming! 

E mais uma coisa: a gente o Nordeste imagina que aqui é tudo muito ligado aos imigrantes, alemães, italianos, e tal, tal, tal. Mas você chega e entra em contato com uma cultura muito forte e totalmente invisibilizada para fora do estado que é a cultura negra do Rio Grande do Sul! São manifestações culturais poderosas e que tomam conta das cidades. Os cultos afro, aqui ganham as ruas, as oferendas, diferente do que vemos no Ceará, tomam conta dos espaços urbanos com suas cores e seu clima de fé. Para quem conviveu com parte da família sendo adepta de cultos afro-brasileiros, mas escondidos, devido ao preconceito no Ceará, aqui foi uma grata surpresa ver como essas religiões tem seus espaço e como seus adeptos se orgulham delas. 

Essas são duas coisas marcantes que a gente nota e que surpreende quando chega aqui. Tantas diferenças, tantas semelhanças. E ainda estou aprendendo, Sempre. 

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