Depois do show de horrores, um comentarista, que geralmente tem ligações com os think tanks de direita. Ele crítica duramente o serviço público. Aciona a sua cantilena sobre a eficiência do privado e como a abertura do mercado garantiria preços acessíveis mesmo para a população mais pobre.
Sempre está em pauta. E a solução para os problemas é sempre a mesma.
Desligo e vou para o trabalho. Garantir que a universidade pública continue a cumprir com a sua missão de levar ensino, pesquisa e extensão. Examinar os processos, revisar planilhas, participar de reuniões para encontrar maneiras de fazer as ações caberem no orçamento. Almoço correndo e volto para o setor. A tarde, mais trabalho.
Lá pelas 15 horas, eu vou a copa, pego um pouco de café, deixo a contribuição para comprar café e açúcar para o mês. A copeira avisa que o gas está acabando e que quando comprar ia dividir para colocar na cota do mês seguinte. Nós despedimos e vou para o pátio, onde sento um pouco para sorver o líquido que vai me ajudar a focar no restante do dia. Cinco minutinhos para respirar. Uns alunos passam. Me olham. Ouço o comentário:
"Passar no concurso para passar a tarde olhando o céu, enquanto tomo um café".
Risos. Termino o café. Na sala, confiro o e-mail, que informa que alguns alunos informaram dados errados para a viagem de visita técnica. Entro em contato com cada um. Tudo resolvido. Passa das 17:45 quando encerro o trabalho. Volto para casa.
No dia seguinte, um sábado, de manhã, olho o celular. Uma mensagem lacônica:
"Feliz dia do servidor".
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