quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Sobre ombros de gigantes!

                      Aposto que boa parte dos que chegam a essa página já ouviram falar de Shakespeare, Virgílio, Homero, Cervantes, Dante, Omar khayyam, Sun Tzu e muitos outros autores e suas obras que de uma forma ou de outra marcaram o mundo em que vivemos. Escritos com séculos e mesmo milênios de idade ainda hoje são lidos e relidos, inspiram novas obras e novas formas de expressão. Talvez você nunca tenha lido uma obra de Shakespeare, por exemplo, mas já viu as dezenas de adaptações dessas obras para o cinema. Nunca nem pôs os olhos na Ilíada, de Homero, mas emocionou-se também com a súplica de Príamo a Aquiles pelo corpo do filho Heitor, que você no épico Troia, enfim, é muito difícil que durante nossa vida não tenhamos algum tipo de contato com estes autores, que mesmo tendo partido a tanto tempo deixaram a sua marca em nós.
                     A cada dia a modernidade nos cerca de conforto e segurança. Ela nos permite uma liberdade desconhecida aos homens até pouco tempo atrás. E nos permite ter um acesso até pouco tempo atrás impensável a essas obras grandiosas que formam o escopo do que a Humanidade foi, é e se tornará. No entanto, poucos têm se aproveitado disso. Quantos leem sinopses, adaptações ou mesmo apenas assistem a versão cinematográfica? Mesmo nas universidades nos acostumamos a ler excertos das obras, nunca completa, num modelo de ensino especialista que nos limita ao invés de nos fazer romper as cadeias!
                     Leiam, camaradas, não se satisfaçam com o pouco que nos oferecem de cultura. Busquem na internet e você obterá as obras em uma mídia qualquer! Busquem entender! Sois cristãos? Leiam Agostinho, Aquino! Bebam na fonte dos que moldaram a sua religião! Mas não deixeis de ler Nieztche e outros que lhe fazem contraponto! Inteirem-se, busquem, procurem entender as discordâncias e as várias perspectivas entre cada autor, que escreveram influenciados por seu tempo, por sua vivência. Reflitam, que importa que suas convicções sejam abaladas? O que importa é que fazendo isso, cada um de nós pode ter certeza de que está evoluindo e se tornando uma pessoa melhor. Contrariar as verdades estabelecidas faz parte dessa história de ser humano!
Newton dizia que só pode ir tão longe em suas descobertas por estar apoiado em ombros de gigantes. Hoje o próprio Newton é um gigante, a cujos ombros podemos nos apoiar! Façamos isso então! E vocês verão que isso não apenas vai enriquecê-los de conhecimento, mas lhe proporcionará muitos sentimentos. Alegrias simples, como rir-se da ingenuidade de Sancho Pança, em Don Quixote, ou admirar-se com a sabedoria dos personagens das Mil e Uma Noites, encantar-se com os poemas do Rubayat ou comover-se com a trágica história de Otelo.
                    Está tudo aí, a um clique de distância. Nunca antes estas obras estiveram tão disponíveis a tantas pessoas. Aproveitemos. Conheçamos, subamos nós também nestes ombros gigantes e contemplemos o mundo com novos olhos!

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