quinta-feira, 16 de março de 2017

Março de 2017


               O 08 de março e o 15 de março foram datas importantes para o movimento dos trabalhadores. Depois das jornadas de junho, difusas, com  vários matizes e as mais variegadas reivindicações, os dois dias de luta deste março de 2017, foram um sopro de alento para o movimento dos trabalhadores. As categorias organizadas ocuparam as ruas em um excelente contraponto à manifestações da direita que culminaram na deposição de Dilma Roussef. 

               O fim do governo do PT, realizado de forma traumática, sob acusações de corrupção, em meio a maior crise enfrentada pelo país desde os anos 1930, acabou por trazer de volta a posições anti-governistas uma série de organizações que estavam assimiladas ao status quo e serviam-se, para sua sobrevivência, de uma relação promíscua com o governo, em vez de voltar-se para a sua base. 
O resultado foi a inércia dos trabalhadores frente aos ataques. 
               Agora as mobilizações tomam corpo. No entanto, observa-se uma divisão e uma polarização no campo progressista. As ilusões eleitorais ainda são um peso para os partidos que estavam no governo até a pouco tempo. Não podemos levar os trabalhadores ao engodo do chamado "governo dos trabalhadores" dentro do sistema do Capital, tal peça é uma ficção. É algo simples: o Estado burguês serve aos interesses de sua classe. Para que o Estado atenda aos anseios da classe trabalhadora, devemos tomá-lo das mãos da burguesia, desmontar sua estrutura burguesa e fazer do mesmo um Estado Operário, voltado aos interesses da classe produtora. 
                Portanto, o momento é de concentrar forças para combater os ataques. As denúncias de corrupção continuam e a contradição dos que se manifestavam contra a corrupção no governo do PT, mas que não movem uma palha nos dias de hoje devem ser exploradas. Devemos ganhar as ruas, mas também devemos ganhar as escolas, universidades, fábricas, canteiros de obras e todos os locais de concentração dos explorados, para pavimentar o caminho das lutas. 
                Acredito no poder que a organização dos trabalhadores possui. Produzimos toda a riqueza, porque motivos não poderíamos construir nosso próprio destino?
                 Em 2017 a Revolução Russa completa 100 anos. Este ascenso é representativo, pois mostra à burguesia que ela não nos venceu!

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