segunda-feira, 11 de junho de 2018

Mudança, mudanças

Chapéus eram parte indispensável da vestimenta. Hoje não se veem mais tantos por aí. Os tempos, em uma voragem insaciável consomem costumes, modas, palavras, línguas, povos inteiros e mesmo deuses.
Há pouco mais de um século, aqui no Brasil, éramos uma monarquia, tínhamos escravos, a Igreja Católica era a oficial do Estado e as demais toleradas, sendo que as religiões afro eram duramente perseguidas e marginalizadas. Hoje, somos uma república, a escravidão foi substituída pela opressão do proletariado aos ditames dos senhores do Capital, Estado e Igreja se separaram, o que permite que igrejinhas de todos os matizes pululem como ervas daninhas entre os muros de nossas periferias, somos o o maior país em número de espíritas do mundo e, as religiões afro, embora vítimas de preconceito como tudo o que é negro, são reconhecidas como parte da nossa cultura.
Tudo isso mostra o quanto somos passíveis de mudança. Aliás, é até redundante dizer, mas a mudança parece ser a única coisa constante nas vidas dos seres humanos. Talvez por isso tantos a temam. Por isso, muitos queiram impedir que a roda do tempo, em seu girar, despedace o velho dando lugar ao novo.
Mudança exige adaptação. Algo que não é fácil pra ninguém. Adaptar pede sair da zona de conforto, abandonar convicções e refazer até certo ponto suas próprias formas de ver o mundo. Não é fácil. Muitas vezes não é prazeroso. Mas é necessário. Adaptemo-nos, mudemo-nos. Recebamos o novo de braços abertos, pois ele virá, não importa que você não queira ou não goste.

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