terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Por que um blog? Por que este Blog?

                   Este blog surgiu quando eu estava começando na Universidade Estadual do Ceará - UECE. Nunca teve altas pretensões, era apenas uma forma de estimular o debate e passar informações aos colegas. Mas nunca foi um espaço privilegiado por muita gente e portanto o projeto foi ficando um pouco de lado, enquanto me dedicava a outras empreitadas. De lá pra cá produzi muito. Contribui em sites e conseguir emplacar alguns textos em revistas científicas, mas aqui mesmo, para o blog, trabalhei pouco. Nunca abandonei por completo, vez por outra dava uma atualização, mas não o suficiente para que houvesse vida, verdadeira vida, pulsante, vibrante.
                   No entanto 2017 chegou trazendo algumas mudanças. Já na última semana de 2016 eram perceptíveis. Sentia uma maior necessidade de lançar a esmo textos e mais textos, não para leitores ávidos, mas para saciar o meu próprio desejo de escrever, de deixar os dedos vagarem sobre o teclado, enquanto eu viajo nos recônditos da mente.
                   É bom, sabe, de vez em quando fazer esses exercício. Sentar-se diante da folha em branco e deixar nela o que lhe vem a cabeça. Sem pretensão nenhuma, sem querer escrever um cânone, nem quere criar uma obra imortal, apenas e simplesmente registrar o que esse mecanismo impressionante que todos possuímos, a imaginação, pode realizar quando, em vez de podá-la, damos-lhe asas para voar.
                   E a função deste, meu caro é essa.  Desafogar uma mente inquieta, se ao fazer isso, agrado-lhe, que bom, se tiras destes textos algo interessante, melhor, mas não é por isso que escrevo. Agradeço sinceramente e imensamente o leitor que pode ter chegado aqui, seja lá por quais vias, mas não espera uma agenda. Este blog não é um blog de livros, embora indique alguns, não é um blog de cinema, embora possa comentar sobre, este blog não é acadêmico, embora, vez por outra, minhas pesquisas acabem respingando aqui.
                  A Pajépédia, enfim, é uma diversão, uma terapia, é o exercício da escrita para trazer serenidade em dias tão caóticos como os que vivemos. Dias loucos. Loucura. Lembrei de Bauman, morto ontem, 09/01/2017, uma das frases dele que trago sempre a mente é:
                  "A loucura não é loucura quando compartilhada". Permitam-me compartilhar convosco minhas loucuras, neuras e afins e nos permitamos ser mais do que ousamos ser!

PS. Não poderia deixar de agradecer aos colegas da UFCA, por me estimularem a retomar esse espaço. Espero que não fiquem decepcionados. Não sou escritor, apenas finjo. Mas escrever também não passa por isso? Fingir? 

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